quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O impacto da conquista

Milhões de pessoas indígenas viviam na América quando a viagem de Cristovão Colombo de 1492 iniciou o período histórico de contacto europeu em larga escala com América. O contacto dos europeus com o chamado "Novo Mundo" levou à colonização européia da América com milhões de emigrantes (livres e forçados) do "Velho Mundo". Enquanto que a população com origem no velho mundo aumentou progressivamente na América após a viagem de Colombo, a população dos povos indígenas teve um colapso. O grau e as causas deste declínio populacional é há muito tempo objeto de controvérsia e de debate. A passagem dos 500 anos da viagem de Colombo, em 1992, voltou a dar atenção aos clamores dos povos indígenas de que foram vítimas de etnocídio (i.e. destruição da sua cultura).

Europeus e povos indígenas

Muitos povos da América e de outros continentes foram conquistados e colonizados pelos grupos sociais europeus que conduziram essa expansão.
Na América, o contanto entre europeus e indígenas teve profundo impacto para ambos. Representou, segundo o historiador Sérgio Buarque, o confronto de duas humanidades diversas, tão heterogêneas, (...) que não deixa de impor-se entre elas uma intolerância mortal.
A chegada da esquadra de Colombo á América, em 1492, teve grande impacto tanto entre os indígenas quanto entre os europeus.
Durante muito tempo, vários historiadores transmitiram uma visão heróica dos feitos do conquistador, o que tornou corrente o uso da expressão descobrimento ( da América ou do Brasil), enfatizando o “aspecto civilizador” da chegada dos europeus.
Mais recentemente, os historiadores têm analisando a questão sob outros pontos de vista, ressaltando o impacto da presença dos europeus na destruição dos modos de vida e na dizimação dos povos que viviam na América. Desse ângulo, a questão não é colocada como “descobrimento”, mas como invasão e conquista. Todorov: o encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que a descoberta de Colombo tornou possível, é de um tipo muito particular: é uma guerra, uma conquista. (Tzvetan Todorov. A conquistada América – a questão do outro. São Paulo, Martins Fontes, 1996. P. 51)
Descobrimento ou conquista? Essa discórdia terminológica tem raízes antigas. Já em 1556, havia determinações do rei da Espanha proibindo o uso da palavra conquista e propondo a utilização do termo descobrimento. Não se trata, contudo, de mera preferência por palavras. O conceito de descobrimento, na maioria das vezes, relaciona-se à exaltação das ações dos europeus, ignorando os processos históricos que aconteciam no continente americano. Entretanto, a América não era um mundo a ser criado ou à espera de seu descobridor¬¬¬ – “já fora descoberta" e habitada milhares de anos antes da chegada dos europeus.
Do lado europeu, conquistadores, missionários religiosos e estudiosos de diversas épocas se interessaram em conhecer as formas de viver e de ser dos povos da América. Eram muito contraditórias as imagens criadas pelos recém-chegados para “explicar” os habitantes do continente americano. Ma essas questões despertadas pelo contato com o outro não foram exclusivas dos europeus: os povos americanos também queriam entender e explicar quem eram aqueles homens tão diferentes, que chegavam de um mundo por eles desconhecido.
Acreditando em antigos relatos de seus antepassados e em certas profecias religiosas, alguns grupos indígenas aguardavam o retorno de seus “deuses”. Assim, os europeus recém-chegados foram, inicialmente, confundidos com esses deuses – e alimentaram essa identificação para legitimar a invasão. Entretanto, os indígenas não demoraram a perceber seu engano.

Estimativas

As estimativas de quantas pessoas viviam na América quando Colombo chegou variam muitíssimo; as estimativas de especialistas do século XXvi variam entre 8,4 milhões e 112,5 milhões de pessoas. Dada a natureza fragmentada dos dados, números precisos da população pré-colombiana são impossíveis de obter e as estimativas são muitas vezes produzidas por extrapolação de dados comparativamente pequenos. Em 1976, o geógrafo William Denevan usou essas variações de estimativas para chegar a uma "contagem consensual" de cerca de 54 milhões de pessoas, apesar de algumas estimativas recentes serem mais baixas que essa. Com base numa estimativa de aproximadamente 50 milhões de pessoas em 1492 (incluindo 25 milhões no Império Asteca e 12 milhões no Império Inca), as estimativas mais baixas dão um total de mortos de 80% até ao fim do século XVI (8 milhões de pessoas em 1650). A América Latina só voltaria a atingir este nível na viragem do século XIX, com 17 milhões em 1800; 30 milhões em 1850; 61 milhões em 1900; 105 milhões em 1930; 218 milhões em 1960; 361 milhões em 1980 e 563 milhões em 2005. Nos últimos 30 anos do século XVI, a população mexicana decresceu fortemente até atingir o nível de 1 milhão em 1600. A população maia é hoje estimada em 6 milhões de pessoas, o que é o mesmo nível de no fim do século XV. É sabido que no Brasil atual a população indígena declinou de um máximo pré-colombiano estimado de 4 milhões para cerca de 300.000 (1997). O historiador David Henigue argumentou que muitas estimativas da população são o resultado da aplicação de fórmulas arbitrárias seletivamente aplicadas a números de fontes históricas não viáveis, uma deficiência que ele vê como não reconhecida por vários contribuintes para este campo científico. Este acredita que não há provas sólidas suficientes para produzir números de população que tenham algum significado real, e caracteriza a tendência moderna de estimativas elevadas como "sobre numeração pseudo-científica". Henige não advoga uma estimativa populacional baixa; em vez disso argumenta que o fato de a informação ser rara e não viável faz com que as estimativas vastas sejam suspeitas e que "sobre contadores" (como lhes chama) têm sido particularmente flagrantes no seu mau uso de fontes. A pesar de as críticas de Henigue serem dirigidas contra algumas instâncias específicas, outros estudos geralmente reconhecem as dificuldades inerentes a produzir estatísticas viáveis dada a quase completa falta de quaisquer dados do período em questão.
O debate sobre a população tem muitas vezes bases ideológicas. As estimativas são muitas vezes o reflexo de noções européias e da sua suposta superioridade cultural e racial, como o historiador Francis Jennings argumentou: "A sabedoria acadêmica considerou durante muito tempo que os índios eram tão inferiores em obras e capacidade mental que não poderiam ter criado e mantido grandes populações". No outro extremo do espectro alguns argumentaram que as estimativas contemporâneas da população indígena pré-colombiana estão baseadas em preconceitos contra aspectos da civilização ocidental e/ou do cristianismo: Robert Royal escreve que "as estimativas de população pré-colombiana se tornaram altamente politizadas e que acadêmicos que são particularmente críticos da Europa muitas vezes favorecem dados muito mais altos.
Uma vez que surgiram e caíram civilizações na América antes de Colombo chegar, a população indígena em 1492 não estava necessariamente a um nível elevado, e podia já estar em declínio. As populações indígenas da América na maioria das áreas alcançaram o ponto mínimo no início do século XX e, num certo número de casos, voltaram a subir.

Civilização Maia

O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X, os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático. O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra.
A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.
Arte e arquitetura: pirâmide da civilização maia.
A base da economia maia era a agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos uso de tintas em tecidos e roupas.
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.
Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.
Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.

Civilização Asteca

Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco.
A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).

Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.

Arte asteca e arquitetura: pirâmide da civilização asteca
Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhia milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.
O artesanato era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas.
A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.
Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.

Civilização Inca

Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.
Pintura: arte inca.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.
Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã, carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.
A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como a condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem: o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.

América pré-colombiana

Antropólogos e geneticistas populacionais concordam que a grande maioria dos indígenas americanos tem origem a partir das migrações da última Era Glacial vinda da Ásia pela ponte terrestre de Bering. Apesar de a possibilidade de migração em embarcações por rotas costeiras ou bancos de gelo ser vista cada vez mais como um complemento viável a este modelo.

Violência física

As armas dos conquistadores europeus eram superiores á dos povos indígenas da América. Essa superioridade verificou-se no uso da pólvora, do cavalo e do aço.
Com armas de fogo (mosquete, arcabuz, canhão ), os conquistadores espanhóis e portugueses evitavam o combate corpo a corpo. Além disso, a explosão provocada por essas armas, desconhecidas dos povos indígenas causavam-lhes enorme susto. Também desconheciam –e temiam –os cavalos ,que permitiam aos conquistadores espanhóis grande mobilidade durante os combates. No principio da conquista as indígenas supunham que cavaleiro e cavalo fossem inseparáveis

As armas feitas de aço (espadas, lanças, punhais, escudos, alabardas), por serem resistentes davam aos conquistadores mais recursos de luta. Já as principais armas empregadas pelos indígenas eram arcos, flechas envenenadas pedras, lanças machados e atiradeiras de pedras.


Entretanto somente a superioridade do armamento europeu não explica a vitória dos conquistadores espanhóis e portugueses sobre os nativos americanos, afinal, os indígenas eram numericamente superiores chegando a representar, em certos, combates, cerca de 500 a 1000 índios para cada europeu.

Outro elemento significativo na destruição dos povos indígenas foram as doenças contagiosas, sarampo, coqueluche, varíola, malaria e gripe. Essas doenças, nem sempre transmitida de forma deliberada pelos europeus era ma em geral, letais para os indígenas que na tinham resistência imunológica contra elas. Espalhando-se rapidamente provocavam epidemias matando milhares deles

Os indígenas sofriam duplo impacto ( físico e psicológico ), pois muitas vezes suponham, quando contaminados por doenças que ignoravam e não sabiam combater ,que estavam sendo castigados por seus deuses. Desse modo, entregavam-se ao um sentimento de apatia ( cansaço, derrota )

Alem da violência diretamente cometida pelos europeus, alguns historiadores lembram outro elemento que contribuiu para a conquista: os conflitos internos.

Na América espanhola as relações de diferentes povos caracterizavam-se por muitas vezes pela opressão social. Incas maias e astecas submetiam pela força outros povos vizinhos exigindo pagamento de pesados tributos e prestação de serviços. Esses povos pareceram, ter festejado, a principio, a chegada dos espanhóis e passaram a colaborar com ele na luta contra seus opressores americanos. Na América portuguesa (Brasil) também havia muitos conflitos entre os diferentes povos indígenas os portugueses souberam tirar proveitos desses conflitos, estabelecendo alianças com alguns grupos.


Depopulação devido à doença

"Epidemia de varíola, Códice Florentino".


Os primeiros emigrantes europeus ofereciam duas explicações principais para o declínio populacional dos nativos americanos. A primeira foram as práticas brutais dos conquistadores espanhóis como foi registrado pelos próprios espanhóis, notavelmente pelo frade dominicano Bartolomé de Las Casas, cujos escritos retratam vividamente as atrocidades cometidas para com os nativos (em particular os Tainos) pelos espanhóis. A segunda explicação era uma aparente aprovação divina, segundo a qual Deus tinha removido os nativos como parte do seu plano divino com o objetivo de dar espaço para uma nova civilização cristã. Muitos nativos americanos viam os seus problemas em termos de causas sobrenaturais ou religiosas. Os acadêmicos acreditam agora que, entre vários fatores, as doenças epidêmicas foram de longe a maior causa do declínio populacional dos nativos americanos. As doenças começaram a matar imensos números de americanos indígenas pouco depois de os europeus e africanos começarem a chegar ao novo mundo. Uma razão para o fato de o número de mortos ter sido subestimada é que, de acordo com a teoria geralmente aceite, as doenças chegaram antes da emigração européia e mataram grande aparte da população antes de observações européias terem sido feitas. Muitos emigrantes europeus que chegaram após de as epidemias já terem morto números massivos de nativos assumiram que os nativos tinham sido sempre pequenos em número. A escala das epidemias ao longo dos anos foi enorme, matando milhões de pessoas-cerca de 90% da população nas áreas mais atingidas e criando "a maior catástrofe humana da história, provavelmente excedendo mesmo o desastre da Peste Negra que matou um terço da população da Europa entre 1347 e 1351.
A doença mais devastadora foi a varíola, mas outras doenças mortais incluíram o tifo, o sarampo, a gripe, a peste bubônica, a papeira, a febre amarela e a tosse convulsa. América também tinha doenças endêmicas, talvez incluindo um tipo de sífilis particularmente virulento, que cedo se tornou grave no Velho Mundo. (Esta transferência entre o Velho Mundo e o Novo Mundo foi parte de um fenômeno conhecido como "A Troca Colombiana" ou "A Grande Troca". As doenças levadas para o novo mundo provaram ser excepcionalmente mortíferas.
As epidemias tiveram efeitos muito diferentes em diferentes partes da Américas. Os grupos mais vulneráveis foram aqueles que tinham populações relativamente mais baixas. Muitos grupos insulares foram totalmente aniquilados. Os caribes e os arawaks das caraíbas quase deixaram de existir, tal como os Beothuks da Terra Nova. Enquanto que as doenças se propagaram muito rapidamente nos impérios densamente povoados da América Central, as populações mais dispersas da América do Norte assistiram a um contágio mais lento.

Porque foram as doenças tão mortíferas?

Uma doença viral ou bacteriana que mata as suas vítimas antes que estas possam passá-la a outros tende a entrar em erupção e depois morrer, como um fogo sem combustível. Uma doença mais mortífera estabeleceria um equilíbrio, vivendo as suas vítimas muito para lá da infecção para espalhar mais a doença. Esta função do processo evolucionário seleciona contra a rápida mortalidade, com as doenças mais rapidamente mortais sendo as de vida mais curta. Uma pressão evolucionária semelhante ocorre nas populações das vítimas, uma vez que as que não têm resistência genética a doenças comuns morrem sem descendentes, enquanto que aqueles que são resistentes procriam e passam os genes resistentes aos descendentes.

Outras formas de violência

Os europeus impuseram aos povos americanos costumes que afetaram profundamente a sobrevivência de suas comunidades.

Na América espanhola e na América portuguesa, populações indígenas inteiras foram removidas de suas regiões de origem para trabalhar como escravos para os conquistadores. Fora de seu meio natural, sofreram com as mudanças no tipo de alimentação e no tipo de trabalho. A organização social e produtiva indígena foi desestruturada.

O ato simbólico de fincar a cruz católica na América, marcando a posse da terra em nome dos reis europeus, assinalava também o início da conquista cultural dos indígenas.


De modo geral religiosos e conquistadores associavam-se para dominar os povos indígenas. A ação evangelizadora católica (a convenção aos evangelhos por meio da pregação por religiosos) centrou-se na catequese (ensino religioso católico romano), o batismo das crianças, em sua educação cristã e na convenção dos líderes indígenas.


Para tornar mais eficientes seus esforços de conversão junto aos indígenas os jesuítas criaram aldeamentos, a partir de 1550 na América portuguesa segundo os padres esses aldeamentos também tinham a finalidade de proteger os índios da escravização promovida pelos os colonos.
A vida nas aldeias jesuíticas causou profundas modificações na organização sociais e na vida espiritual dos índios. Eles eram forçados a abandonar os deslocamentos temporários a que estavam habituados para se ficassem nos aldeamentos, onde aprendiam a doutrina católica eram batizados ganhavam nomes cristãos e eram colocados a disposição da coroa e dos colonos para prestar serviços. Entretanto, esses aldeamentos proporcionaram também o reagrupamento de sociedades fragmentadas e o resgate de identidades ameaçadas. As freqüentes fugas individuais e coletivas as revoltas esporádicas e principalmente, a resistência ao trabalho imposto pelos colonizadores caracterizaram a reação indígenas ao aldeamento

Diante da dificuldade de convencer o indígena adulto a aceitar a nova doutrina religiosa os quadros dedicavam-se principalmente, á crianças. Empenhavam-se na fundação de colégios de meninos, onde eram ensinados os valores europeus e as crenças católicas.


Transformações na vida européia

A conquista da América aprofundou as transformações que vinham ocorrendo na vida européia desde antes de 1492 e gerou novas mudanças.
Os grandes comerciantes e banqueiros europeus obtiveram lucros expressivos coma conquista e a colonização do continente americano. O eixo econômico da Europa, antes concentrado no mar Mediterrâneo, deslocou-se para os portos do Oceano Atlântico, como Lisboa, Sevilha e Cádiz, que mantinham comércio direto com os territórios conquistadores na África e na América.
Os países que promoveram a expansão comercial-marítima, nos séculos XV e XVI, tornaram se poderosos na Europa. Pelo pioneirismo, destacaram-se Portugal e Espanha; posteriormente, sobressaíram França, Inglaterra e Holanda. Disputando novos mercados, onde poderiam obter lucros e riquezas, os comerciantes desses países entraram num período de grande concorrência.
Além disso, a conquista e a exploração da América impulsionaram vários setores da cultura européia. Para as longas viagens marítimas, novos conhecimentos e técnicas precisaram ser desenvolvidos e aperfeiçoados. Houve ainda, na Europa, um processo de difusão de conhecimentos adquiridos no contato com os povos indígenas.



As informações aqui contidas foram retiradas dos sites:
www.wikipédia.org
www.suapesquisa.com
http://blogs.myspace.com
Informações também foram retiradas do livro:
História Global - Brasil e geral
De: Gilberto Cotrim



Nomes: Kathleen Duarte Borges de Oliveira nº 20
Talissa Marques nº 34
Fernanda Gama nº 11
José Victor Fernandes Rodrigues nº 17
Thiago Sacoman nº 38
Jardel Leandro Siqueira Mendes nº 16

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